quinta-feira, dezembro 01, 2005 11:20 PM
por Ênio Vital
Ele disse: Obrigado, moço!Era um menininho, que agachado quase atropelei-o na correria da calçada, tentando e esticando-se todo para vencer a grade do portão e conseguir pegar uma pipa caída lá dentro.
Ajudei-o. Todavia, como sabemos, toda gentileza neste mundo tem seu preço... a minha foi perder o ônibus - hahahaha, enganei o bobo na casaca do ovo, achava mesmo que seria tão inescrupuloso, claro que não, fui criado por avós - não foi o fim do mundo esperar mais vinte minutos no ponto.
O que mais me intriga é: quanto tempo o menino ficou ali até eu ou qualquer outra pessoa o enxergar.
Não gosto nem de imaginar a resposta, pois oras, eu acredito nas pessoas. Acredito nas velhinhas e aquele cheiro de talco, nos velhinhos e suas boinas gastas, em nós adultos e nossa correria, na bipolaridade e dúvida dos adolescente e na inocência das crianças. Tá bom, confesso! Sou um romântico.
Acho cafona(fazer o que), até escondo, mas é com você, meu coração, que estou a conversar, esconder algo é como tomar veneno e querer que outra pessoa morra.
Concluo esta memória com um pedido: aprendi a lição, não precisa me deixar de castigo, encontrei novamente o caminho, nunca mais me apaixonarei. Minto, pelas coisas pequenas, sempre. 0 comentários