quarta-feira, janeiro 16, 2008 3:51 AM

Soneto do mais-seu.

por Ênio Vital

Mesmo se o eu-lírico fale grego
Sem ter mistério, é só segredo
Não basta vê-lo como porcaria
Pela opressão da simpatia

Quero sabê-lo total sem medo
Flexionado por algo com credo
Se tiver abertura vã, riria
Deste riso só o choro restaria

Dentes que dentro da boca terão
A vontade de serem campeão
Do frontal até o fim com o ciso

Seus lábios em plena combustão
Desabrochar-se-iam sem pressão
O pleno e doce de seu sorriso.
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